"Espero que tenhamos crescido para nos tornarmos mais desobedientes ainda, porque a vida nesse nosso mundo poderá acabar por causa de muitas ações de obediência."
2004::: um grupo de desajustados, lutando para não morrer de fome, mas também para não morrer de tédio, sente os ossos ruindo e a carne sendo cortada pela anestesia típica da vida acadêmica, de típicos campus universitários, de também típicas universidades públicas brasileiras.
De um numeroso grupo, um reduzido núcleo insiste em se tornar absolutamente crítico e tentar inventar novas maneiras de tratar velhos problemas. Passam a ler e estudar gente que compreende o contexto sócio-político a partir de lentes totalmente dispensáveis pelos estudantes descontentes profissionais.
Insistindo em ser chatos, o grupo reduzido consegue fecundar diversos úteros e dar origem a um bom número de aliados e inimigos no lugar onde atuava. Mas tornaram-se tão chatos que, ao final de 2006, passaram a viver como os demais ratos desajustados: reviviam uma farsa do desbunde.
2007::: espalhados pelo mundo, continuam insistindo em ser absolutamente chatos , não dando descanso a seus corpos maltratados pelos pensamentos viscerais. Não conseguem apenas estar aqui ou acolá, pois a luta contra a fome e o tédio é paradigma entranhado.
Nada novo: seguimos estudando, sem a menor certeza de que tenhamos entendido qualquer coisa que seja. De qualquer forma, afirmamos que temos nos profissionalizado em dizer chatear. Sendo que algumas chateações derrubaram as muralhas da ciência vitoriana.
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